Meu provedor está pronto para prestar serviços de IPTV?

Para receber sinal de TV pela internet por meio da rede IPTV é necessário oferecer conexão banda larga de no mínimo 4 MBPS, além de atentar às métricas QoE e QoS

O sistema IPTV (Internet Protocol Television), ou TVIP, é um método moderno de transmissão dos sinais televisivos. Muitas empresas de telecomunicação buscam constantemente mais informações sobre esse modelo, a fim de se tornarem definitivamente triple players, ou seja, provedoras de telefonia, internet e televisão, assim como já são muitas das operadoras de TV a cabo. No entanto, o seu provedor está preparado para atuar em todas essas frentes?

A mudança de perfil dos consumidores – cada vez mais conectados – somada ao mercado competitivo das telecomunicações faz com que oferecer diversas possibilidades de serviços interativos por meio da televisão seja um diferencial. Afinal, é interesse de muitos clientes poder utilizar e-mail, fazer compras ou acessar informações bancárias utilizando a TV como suporte, além de vantajoso à empresa diversificar a carteira. Por isso, a rede IPTV deve ser um investimento a ser considerado pelos provedores brasileiros. Na Europa, por exemplo, o uso de uma rede IP para oferecer esses serviços aos usuários demonstra nítido crescimento. São exemplos dessa realidade a Telefônica, na Espanha, e a FastWeb, na Itália.

De maneira geral, esse serviço de televisão digital é caracterizado pela transmissão de mídias – televisão, vídeo, texto e gráfico – por meio de um backbone IP de um provedor de serviço. Nesse sistema que funciona como um streaming, é utilizado um receptor set-top box ligado à televisão. No entanto, alguns aspectos devem ser considerados pelos gestores. Esse tipo de serviço é geograficamente restrito ao local atendido pela rede de acesso do provedor. O método IPTV aproxima-se aos serviços de TV a cabo, mas se distingue na transmissão do fluxo de mídia e de dados sobre IP pela linha telefônica – utilizando as tecnologias ADSL, FTTH e redes PON.

Portanto, primeiramente deve-se ter a garantia de uma boa conexão banda larga – de no mínimo 4 MBPS, sem comprometer o restante da banda -, para em seguida passar a oferecer essa modalidade de TV interativa. Além disso, é importante ressaltar que enquanto nas redes convencionais todos os canais são enviados para o consumidor por meio do receptor, no sistema IPTV, todos os canais são disponibilizados conforme a demanda do cliente – função conhecida por Video on Demand (VoD), que vai além da oferta de conteúdo disponível na rede de televisão convencional.

Ainda existem dois conceitos a serem compreendidos pelos gestores que desejam ofertar essa modalidade de rede em seus provedores: QoS e QoE. A Qualidade de Serviço (QoS) é garantida pelos equipamentos utilizados que, por sua vez, entregam as informações ao usuário. Portanto, essa métrica é imprescindível para a eficácia do sistema. Além da largura de banda, esse método requer um jitter adequado e a minimização de perdas de pacotes. Já a Qualidade de Experiência (QoE) indica o desempenho da rede a partir da opinião dos clientes. É importante saber que os usuários consideram uma boa IPTV aquela que apresenta êxito na prestação de serviços de TV por satélite e TV a cabo.

Nos dois casos, tem-se mecanismos que mensuram a qualidade da operação dos serviços levando em conta o número de usuários cada vez maior – e a decorrente batalha entre os provedores -, além da oferta de inúmeras possibilidades fornecidas por esses sistemas. Baseados em QoE e QoS, os provedores são capazes de manter a qualidade das operações, além de fidelizar e prospectar maior número de usuários.

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