A transformação digital deixou de ser tema de filme de ficção científica e invadiu o nosso cotidiano. Mudou a forma que consumimos, que nos comunicamos e alterou para sempre os processos operacionais e os modelos de negócios das empresas. O avanço foi tanto que a ideia de carros conectados e eletrodomésticos inteligentes já é uma realidade. Esses dispositivos IoT e outras tecnologias como o big data e a computação em nuvem ganharam o mundo corporativo e despertaram a atenção para a segurança na rede.
A preocupação é tanta que o Ministério da Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem avançado no Plano Nacional de IoT. Nesse documento já foi identificado, por exemplo, que as ideias-força prioritárias para a aspiração brasileira em IoT são: promover o crescimento econômico e aumento da competitividade; tornar a sociedade conectada, empoderada e capacitada para o trabalho baseado na tecnologia IoT; fomentar a inclusão social; aproveitar a oportunidade de IoT para reforçar a cadeia produtiva e fortalecer as PMEs; e priorizar a resolução de desafios locais.
O que tudo isso tem a ver com os provedores de internet? Hamilton Avinco, Diretor de Novos Serviços da Algar,, explicou durante o ISP Next Summit que o mercado telecom no modelo que é configurado hoje não existirá em um futuro próximo. Para ele, os provedores devem ficar atentos aos temas como IoT, Cyber Security e Cloud. “É importante entender como causar um impacto positivo na vida das pessoas por meio dessas novas tecnologias. Estudar cases mundiais criados por empresas de grande porte e analisar se é possível adaptar para a realidade brasileira”, declarou.
Ficou interessado e quer saber por onde começar o planejamento para não perder as oportunidades geradas pelas novas tecnologias? Continue a leitura do artigo.
4 dicas para não perder as oportunidades do mercado IoT
Ficar antenado no andamento do Plano Nacional de IoT
No começo do texto, mostramos quais foram as ideias-força mais votadas nas últimas chamadas públicas. Outro documento que já foi publicado nesse estudo foi o relatório parcial de Análise de oferta e demanda. Publicado no primeiro trimestre de 2017, o conteúdo traz informações sobre como a internet das coisas pode gerar um impacto positivo frente a diversos desafios vividos pelo país, como, por exemplo, segurança, saúde e mobilidade..O relatório final deve sair até o final de 2017. Acompanhe no site do BNDES.
Investir em profissionalização do provedor
Este ponto não serve apenas para tornar o provedor mais competitivo no mercado, mas também para organizar seus processos. Otimizar a gestão financeira, a gestão de clientes, estar em compliance são peças-chaves para o crescimento de uma empresa. Assim, se no futuro, o empreendedor tiver interesse em investir em uma fonte de financiamento, quiser vender ou chamar atenção de investidores, o processo de tornará mais fácil. Ainda há dúvidas por onde começar? Acesse: Como se tornar um provedor de sucesso, Gestão tributária para provedores – o que você precisa saber sobre o ICMS-ST e Passo a Passo para obter licença SCM em poucos dias.
Coletar e analisar dados
Outra tecnologia que foi amplamente discutida no ISP next summer foi a inteligência de dados. Bruno Pazzim, co-fundador da Data Science Brigade, lembrou durante o painel de novas tecnologias que “os dados podem otimizar a estratégia dos provedores e contribuir no posicionamento da empresa e nas tomadas de decisão”. Ele lembrou de questões emblemáticas como o churn rate (taxa de cancelamento) ou inadimplência, por exemplo. Quer saber como os dados podem ajudar a antecipar comportamentos e prever quem vai cancelar o serviço do seu provedor? Acesse: Data drive company: estratégias de dados para provedores de internet, Como o big data pode contribuir para a gestão dos provedores e Como identificar os usuários que podem cancelar internet.
Crie um ambiente seguro
Quando o assunto é segurança, o Brasil ganha destaque nos rankings de fonte de alvo de ataques a aplicações web. No entanto, mesmo com o baixo índice de ataques (24,2 milhões) – os EUA, por exemplo, já sofreu 221 milhões – os usuários querem se sentir seguros em relação a riscos e perdas. Assim, é necessário buscar ferramentas e processos que tragam estabilidade e aumentem a percepção de segurança da sua empresa. Essa necessidade ainda é mais importante em dispositivos IoT, pois eles geram muitos dados. Durante o ISP Next Summit, Cleber Ribas, da Blockbit, lembrou que investir em segurança de dados também é uma forma de vender novos serviços. Ele citou como exemplo a gestão de link residencial e segurança de rede corporativa.
Você tem outra dica para que os provedores regionais possam aproveitar as oportunidades geradas pelo IoT, big data e segurança de dados? Divida conosco nos comentários!