Internet das coisas e provedores: como essa tendência muda as regras da internet

Por Anton Gora, desenvolvedor de sistemas da Cianet

Pensar que nossos eletrodomésticos, meios de transporte e até roupas podem estar conectados à internet é uma realidade que não está distante. Grandes empresas trabalham para que a forma como interagimos com o mundo mude sensivelmente, por isso a relação entre a internet das coisas e provedores precisa ser cada vez maior. Se a banda necessária para conectar três ou quatro dispositivos (computador, celulares, tablet…) ao mesmo tempo precisa ser razoável, imagine para conectar uma casa inteira. A internet das coisas pode estar presente também em lugares que hoje você nem imagina: seu médico poderá ter, à distância, acesso aos seus batimentos cardíacos, carros inteligentes poderão transmitir dados sobre a situação do trânsito, capacetes e outros dispositivos poderão enviar informações sobre a performance de um atleta, etc. O futuro está batendo na porta e quem estiver mais preparado vai se dar bem nesse mercado.

Ainda não sabemos exatamente quando vai acontecer, mas em breve a relação do ser humano com a internet vai se dar de tal forma que muitas vezes nem vamos lembrar que ela existe. A internet das coisas e os provedores vão estar presentes em todos os lugares. Sabe aquela sensação estranha quando falta luz? Você só percebe o quanto é dependente da energia elétrica quando ela deixa de funcionar. E é por isso que os provedores, especialmente os de menor porte, precisam se preparar para essa mudança. A falta ou a lentidão da internet nos dias de hoje adia o download do filme, o bate-papo com os amigos, a atualização da rede social. No futuro, uma internet ruim poderá parar uma casa inteira e a impaciência do usuário tende a ser maior.

Para ser competitiva, é inevitável que a internet tenha que ser cada vez mais veloz e menos instável. Na visão da consultoria Analysys Mason, muitos provedores e órgãos governamentais já estão pensando nisso. O uso de fibra óptica nos provedores deverá se tornar ainda mais comum e o projeto de Lei no Senado 431, de 2014, propõe que o acesso à internet banda larga se torne um serviço essencial garantido pela União, assim como são a água e a luz, por exemplo. Com cada vez mais gente usando a internet e com o apoio do governo, o mercado se expande e quem tiver condições de oferecer um serviço de qualidade vai ter ótimas oportunidades.