Regulamentação do set top box: procure um hardware de acordo com a lei

Operações de TV por assinatura e IPTV exigem uma série de preparos de infraestrutura, conforme explicamos no Manual do IPTV para operadoras. Dentre a lista de itens fundamentais, destaca-se o set top box – decoder, decodificador ou caixa, como também é conhecido – que decodifica os sinais repassados pelo headend. Nesse processo, provedores devem saber escolher bem os aparelhos a fim de garantir ao consumidor qualidade na transmissão. Além de ficar atento à possibilidade de evolução tecnológica, segurança e valores acessíveis, gestores devem avaliar a regulamentação do set top box.

Primeiramente, esse tipo de hardware deve atender à legislação de controle parental, que oferece subsídios ​aos pais que desejam permitir ​ou​ restringir o acesso dos filhos a determinados conteúdos. Caso a regulamentação do set top box permita esse controle – que é feito juntamente ao middleware escolhido – os responsáveis podem bloquear determinada ‘programação’ e não simplesmente o canal, como geralmente é feito em muitos sistemas. Inclusive, vale ressaltar que o controle legal é feito por programação​ e não apenas por canal.

A discussão sobre regulamentação do set top box também é importante para tentar frear o crescimento do número de decodificadores ilegais de TV em uso no Brasil. Recentemente, o presidente da Associação Brasileira de TV por Assinatura, durante a Feira e Congresso da entidade, revelou que a cada cinco brasileiros que consomem televisão paga, um assiste de maneira clandestina. Oscar Vicente Simões de Oliveira ainda disse que se fosse operadora, a ‘Gatonet’ – caracterizada pelo uso de decodificadores piratas – seria a terceira maior empresa do pais, conforme noticiou O Estado de S. Paulo.

Operadoras que respeitam a regulamentação do set-top-box, além de estarem livres de multas e notificações, garantem ainda mais a qualidade do serviço entregue aos clientes.

Post escrito por Emanoel Monster, especialista em redes da Cianet.