POF: você conhece a fibra óptica plástica?

 

As funcionalidades da fibra óptica plástica (POF, fiber optic plastic, na sigla em inglês) ainda não convenceram os provedores brasileiros, que preferem utilizar a estrutura tradicional na oferta de seus serviços de telecomunicações. A versão em plástico desse filamento tende a ter preço mais atrativo, exige ferramentas menos complexas para seu manejo e pode ser mais indicada para interligar curtas distâncias.

Diferentemente da versão habitual, a fibra óptica plástica não apresenta vidro em sua constituição. São feitas com núcleos de polimetilmetacrilato, ou PMMA, e envolvidas por um polímero baseado em fluoreto de carbono. Normalmente, são comercializados pares com rolos de 100 metros de comprimento. Esse tipo de material possui uma atenuação de sinal maior. Ao mesmo tempo, apresenta uma faixa passante reduzida.

Essas características tornam as POFs menos eficientes na transmissão de dados a longa distância – o que fez com que poucas operadoras aderissem ao novo modelo de cabeamento. Contudo, abre-se caminho para utilização da fibra óptica plástica na conexão de espaços menores, como em condomínios. Neste post, levantamos alguns aspectos sobre a tecnologia tradicional fiber to the home (FTTH), para que você possa ter um contraponto.

Mas o baixo custo da fibra óptica, a facilidade na manutenção (que não exige uma caixa de emenda, como acontece com a fibra óptica tradicional – ela pode ser cortada com um estilete) e a aplicabilidade em condições adversas da fibra óptica plástica (que podem ser utilizadas em ambientes com temperaturas entre -20 e +85ºC) atraem gestores de outros segmentos, a exemplo do setor automotivo.

Nesse tipo de empresa, o filamento pode servir de maneira satisfatória principalmente pelo fato de não haver necessidade de envio de sinais para distâncias maiores. A utilização dessas fibras em sistemas digitais de controle nos veículos é cada vez evidente, dada a vantagem financeira.

A fibra óptica plástica também é utilizada no mercado de computação, controles industriais e aplicações médicas. Você vê potencial dessa ferramenta no universo das telecomunicações? Compartilhe o seu depoimento pelo espaço dos comentários abaixo.