Prestação de serviços de internet em grandes eventos: como funciona

Nos últimos anos, o Brasil foi sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas, dois eventos de grandes proporções. Para isso, precisou se adequar para oferecer uma internet de qualidade aos torcedores e, principalmente, aos trabalhadores das competições, como a imprensa e a organização. Foram duas experiências máximas para o país de como projetar internet em grandes eventos e que podem servir de bases para outras reuniões de menor escala, como conferências, feiras, shows, etc.

A cada ano a demanda da internet em grandes eventos é maior, já que os aplicativos na rede mundial de computadores se tornam cada vez mais elaborados, mais instantâneos e, assim, requerem mais banda; além do uso cada vez maior de dispositivos móveis. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, por exemplo, o tráfego de dados foi quatro vezes maior que o registrado há quatro anos, nas Olimpíadas de Londres. Já se comparado à Copa do Mundo, o volume de dados foi 10 vezes maior, totalizando 255 terabytes durante os 17 dias de competição – o que representa uma média de envio de 80 fotos enviadas diariamente por pessoa  – 486 milhões no total. Foram registradas, ainda, 30 milhões de chamadas de voz.

A internet em grandes eventos precisa ser muito planejada, inclusive a internet móvel. Durante as Olimpíadas, as operadoras de telefonia instalaram infraestruturas móveis temporárias para reforçar o sinal em áreas externas. Nas áreas internas, como estádios e ginásios, as empresas usufruiram da infraestrutura de cabos e antenas para ofertar telefonia e internet móvel.

O papel da fibra no serviço de internet em grandes eventos

A fibra óptica é, sem dúvida, a grande estrela da internet em grandes eventos. Nas Olimpíadas, por exemplo, a Embratel (Empresa Brasileira de Telecomunicações) disponibilizou uma rede com mais de 370 quilômetros de fibras ópticas, com velocidade de 40 gigabits por segundo. A empresa forneceu ainda a rede para captar sinais de vídeo das competições, que foram entregues ao centro de transmissão internacional para que mais de 5 bilhões de telespectadores em 200 países pudessem acompanhar os jogos.

Grande parte dessa infraestrutura foi fornecida pela ZTE à Embratel. A estrutura montada para as Olimpíadas utilizou a tecnologia GPON e contou com diversos equipamentos, dentre eles a OLT GPON ZXA10 C320, mesmo modelo comercializado pela Cianet.

Legislação

Para atuar com internet em grandes eventos, é preciso estar muito a par da legislação específica para essa finalidade, principalmente no que diz respeito à utilização do uso temporário de radiofrequências (leia mais aqui). Outras leis e regulamentações que precisam ser consultadas são a Lei Geral das Telecomunicações, certificações necessárias para equipamentos e demais regulamentos de telecomunicações. Estar atento à legislação específica para estes casos é imprescindível para evitar irregularidades, livrando seu provedor de possíveis problemas.

Eventos como estratégia de marketing para provedores

Já pensou na visibilidade que seu provedor poderia ganhar patrocinando e participando de eventos? Ou mais, sendo o provedor oficial de internet desses eventos? Esta pode ser uma ótima estratégia de marketing para aumentar a visibilidade da sua marca e conquistar credibilidade e novos clientes. Disponibilizar internet em grandes eventos com qualidade também está ao alcance dos ISPs, que podem ter a chance de se destacar regional e/ou nacionalmente. Se sua cidade é anfitriã de algum evento, pode ser interessante estudar e analisar a viabilidade de participar e realizar um contrato com o organizador, já que em lugares com grande concentração de pessoas, a demanda por internet é ainda maior.

E você? Tem interesse ou já prestou serviços de internet em grandes eventos? Conte-nos a sua experiência nos comentários abaixo.