Dando início à série de conteúdos sobre redes FTTx, no post de hoje queremos explicar a correta utilização de cada modelo de ONU (Optical Network Units), o terminal onde os sinais ópticos transformam-se em sinais elétricos para uso nas instalações do cliente. Em redes ópticas, a escolha ou instalação erradas desse equipamento podem desencadear uma série de problemas e comprometer a qualidade do serviço oferecido pelos provedores. Nos outros dois textos da série, que serão publicados aqui no blog da Cianet, também falaremos sobre escolha da OLT e utilização do splitter desbalanceado na rede.
Fazendo uma analogia superficial, é possível comparar o ONU ao modem de uma internet ADSL, bastante utilizada na última década. No entanto, em redes FTTx, não há modem, há ONU, que executa basicamente a mesma função: conversão de sinais. Esse dispositivo também é conhecido pela sigla ONT, Optical Network Termination, sendo a única diferença entre as nomenclaturas a localização – enquanto o ONU é alojado fora da casa do cliente, o ONT encontra-se dentro.
Para correto funcionamento da rede, a escolha do modelo de ONU é um passo fundamental. Existem modelos simples, com apenas uma porta Ethernet e também modelos bem mais completos com wi-fi, dados Ethernet, voz e saída RF para televisão. Também há variação na quantidade de portas: existem ONUs com apenas uma porta Ethernet, até aparelhos mais completos e robustos, como por exemplo quatro portas para dados Ethernet e duas portas para telefonia. A realidade de cada operadora e, principalmente, o que a empresa oferece aos clientes, irá influenciar a escolha da ONU.
Ainda que seja tentador escolher um modelo que permita uma operação mais complexa, é necessário ter cautela. Explicamos: o processo de configuração da ONU é todo feito pelo próprio provedor e, quanto mais funcionalidades o equipamento permitir, mais conhecimento sobre estas funcionalidades o equipamento demandará. Portanto, é importante escolher uma fornecedora de tecnologia que, além de vender o produto, analise cada situação, oriente e, principalmente, ofereça suporte e treinamentos periódicos. Pequenas operadoras saem na frente quando amparadas por empresas de tecnologia desse porte – pense nisso!
Além da otimização da quantidade de fibras, também é possível a utilização desse dispositivo em sistemas de Circuito Fechado de TV, para interligação de câmeras IPs com a centrais de gravação e monitoramento.
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