Redes FTTx: Como o serviço agregado pode influenciar na escolha da OLT

 

No segundo texto da série sobre redes FTTx, vamos falar sobre a escolha do OLT – Optical Line Terminal ou Termination – em um sistema óptico ponto-multiponto. Nesse contexto, o serviço agregado, ou o fornecimento de pacotes, é determinado por esse componente primário da última milha de uma rede óptica passiva. É comum que tal equipamento seja denominado de “despachante” de serviços, responsável pela distribuição, gerenciamento e organização das funcionalidades ofertadas por um provedor. O hardware fica localizado no próprio provedor (CO).

No mercado atual de telecomunicações, o papel executado por uma OLT ganhou ainda mais relevância. Afinal, provedores rumam em direção à realidade triple play ou, ainda, multiple play e ganham clientes com a disponibilização de pacotes de serviços. Em uma rede óptica, de qualidade agregada, quem faz essa função é a terminação de linha óptica, em tradução literal. A atuação é, de fato, como a de um gerente, na adaptação do tráfego de entrada (voz e dados) dos anéis metropolitanos para a camada de transporte.

Além disso, é possível destacar outras duas funções da OLT:

  1. Conversão entre os sinais elétricos utilizados pelo equipamento do prestador de serviços e os sinais de fibra óptica usados ​​pela rede óptica passiva;
  2. Coordenação da multiplexação entre os dispositivos de conversão do outro lado dessa rede (chamado também de terminais de rede óptica, ONT) ou unidades de rede óptica (ONU).

Trata-se de um equipamento modular de alto desempenho que agrega soluções para redes FTTx. No dispositivo, é utilizada a tecnologia de redes ópticas passivas (PON), provendo soluções de IPTV, Video on Demand (VoD), VoIP e banda larga.

Há, ainda, OLTs desenvolvidos para atender a uma concentração de assinantes em pequena escala – realidade de muitos ISPs. Os benefícios do uso de um equipamento como esse, nesse caso, destacam-se na fácil instalação, uma vez que é dispensada a implantação de módulos separados.

Funções de roteamento, estática, acesso e segurança são outras características desse equipamento. Além disso, a atualização remota do software pode ser um diferencial no momento de escolher o modelo ideal de OLT. A distância de transmissão varia de acordo com o projeto, cálculo de potência, dimensionamento de splitters, geralmente a potência óptica do SFP conectado a porta PON da OLT, tem alcance máximo de 20 quilômetros.

No próximo post dessa série, falaremos sobre o uso de splitter desbalanceado. Continue acompanhando e, em caso de dúvidas, deixe seu comentário no espaço abaixo.